segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Desconhecer-me


"Desconhecer-se conscientemente,
eis o caminho".


Eis o buraco, o abismo, o calabouço
Meu surto de medo, receios...
Eu me vendo ao espelho
Reconhecendo o nada que
Tenho sido.
Eis essa prisão morna:
A consciência desejosa,
A vontade de realizar sem porquê,
O rio da coragem secando,
A lua me convencendo a esquecer.
Eis meu corpo sem possuir-me:
O nada no espelho
É o nada constante,
Que figura no projeto
Do que seria de mim.
E eu só me devo
Desconhecer.

Um comentário:

Mi disse...

Eu quero esse caminho perto de mim. Sede de beleza. Eu mereço o belo grandioso perto de mim, na minha humanidade nada e grandiosa ao mesmo tempo. Somos possibilidade de potência, desde nossa concepção uterina. Mar...