domingo, 19 de setembro de 2010

Espaço meu


Para antes de mim
E para depois também
Deixo sonhos em água e sal.

O melhor que serena os desejos
Que me fizeram desencontrado.

Um cântico me chega
Da gruta do lobo maldito,
Meu signo é solidão e,
Meu tempo esvaindo-se
É o segredo das sereias.

Sou-me o meu próprio mito
E conto histórias que moram em mim.

Um canto me desgoverna
Porque sai da caverna marítima
De onde uma sereia qualquer
Resolveu me libertar.

Eu que me escravizo
Nas rotas do amor e da perseguição.

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