quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Encontro em dois e a sós

"E o mais certo é sorrir
Quando se tem amor
Dentro do peito."
Da maneira mais incauta e sem cautela. Para fora das fronteiras, pelas repetições em erro na duração dos tempos, a violência do desejo, o charme do segredo e a atividade do se querer buscar. Pelo brilho do sorriso excitando a mente, o carinho aprisionando e a admiração...
E esse levitar através de canções que desenham sua presença em minha mente. O marulho que habita céus e caminhadas sobre o mar, o descanso sobre a pedra, conversas inteligíveis em silêncio quando minha mão desliza e imagina chegar ao lugar no qual somos encontro e satisfação.

Abro-lhe minha escrita perdida entre prosa e verso e sem assertivas, ela lhe dita as desrazões deste meu coração que cria canções sem som para lhe sorrir para lhe tocar para lhe trazer para lhe amar. Um amor esculpido numa linguagem musical banhada de água e sal, diferente e atrevida, enfrentando o frio da solidão, o fogo das perseguições, o choque cultural, a fúria dos estabelecidos, o nosso medo, a dubiedade, o desgaste, a confusão... Também, mais forte e proveitoso é o viço do nosso abraço sorrindo de solução para o mundo lá embaixo em suas crises de aquisição monetária e de poderes servis e passageiros. Nosso abraço certeiro que revela a gargalhada do peito da gente que salva os demais.

Eu quase como Hilda Hilst, sou quase poeta quase transgressor no amor que arranjei para você.

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