sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Maria Bethânia: poema de carne; palavra revigorada

Toda cena em tudo que se diga, em tudo que se repita, em tudo que se alcance...
Uma vida descrita no jeito de germinar emoção e iluminar a condição humana...
Ser elemental que se esmiúça em artes do centro dos palcos...
Um lugar para música na garganta estúpida de enorme cantora...
Um fraseado raro para além das maestrias: síntese do aprendizado...
Mágica do teatro num lume representacional que enlarguece a vida...
Tudo que é dito no gesto das mãos, no olhar fixo, na precisão do silêncio...
Um rasgo no tempo alterando a cultura...
Mulher, animal que ventila e seduz...
O seio da beleza e seus segredos...
Dinâmica da inventividade: contínua afirmação de um projeto...
Sereia do fogo; corpo humano singrando mares...
Tempestiva vontade: a protegida...
Brado de Iyabás:
Amálgama de Oyá
Filha de Oxum
Escritora vocal deste País.

P.S.: Depois de assistir a estreia de Bethânia e as Palavras: leituras, no Teatro Fashion Mall, no Rio de Janeiro( hoje é 03 de Setembro de 2010 e minha vida é bonita, literariamente encantada. Eu amo e me espelho nessa mulher).

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