quarta-feira, 7 de março de 2012

Mãe Zulmira, mulher!



Para além dos entraves que perturbam a existência: o racismo, a pobreza, a condição feminina frente ao sexismo. A mulher é o realce da sua própria história. Um caminhar subindo íngremes ladeiras, enchendo mesas, alimentando sonhos. É aguentar com sabedoria, é virar o tempo na hora exata, é realizar projetos.

São tantos exemplos de tantos êxitos nessa condição mulher...
...

Materializo em palavras a grandeza de uma senhora nascida para a maternidade. Mãe de coragem de filhos paridos e espirituais, dona do aconchego que educa e desenvolve. Promotora de vida, que capta a profundeza perdida por nós meros mortais. Senhora que fala ao longe e atrai bênçãos para bem perto. Mulher sacerdotisa vívido testemunho da presença linda dos nossos orixás.

Ilustro uma entre milhões, nas mais diversas experiências, para agradecer à minha condição de filho de mulher, dependente da presença da mulher, neste mundo onde sou muito carente.

Ilustro uma que dialoga inteira com o divino e exerce sublimemente o seu ofício de ponte entre o tangível e o misteriosamente alcançável.

Zulmira de Nanã, epifanias do que se pode mais sagrado na desarmonia cotidiana da vida que inventamos. Presença transbordante que reatualiza com sua vida os nossos ancestrais.

Mas antes de tudo, isso que pensamos: mulher!




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