Se for pela arte, ela habita o que faz sentido.
Domina as paisagens, constrói os textos.
Entre clareza e segredo,
Aparição e distância,
Da emissão do mito escorre paixão.
Acena com a voz para a imensidão
E o seu canto nos faz sonhar;
O palco lhe desenha a imagem
De mulher poema, pássaro sagrado
No céu irregular do Brasil.
Seus olhos relampejam
Suas mãos cortam a estupidez
Sua beleza é contra o vazio.
Faíscas no palco na vida,
Menina à beira-mar
Catando conchas melodias
Que desbundam nossa audição.
Sua forma é a favor do mistério
Da palavra morada das sereias;
Mas sua alma é fogo e trangressão,
Água na boca do búfalo,
Dança do vento,
Chegada do trovão.
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