segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Sorte por termos Caetano Veloso



Agosto, no Brasil, e três gênios nasceram: Jorge Amado (10), Nelson Rodrigues( 23), Caetano Veloso (07), compondo um quadro de muita sorte para este país. Os dois primeiros centenários, o último faz 70 anos dando movimento contínuo à cultura produzida entre nós nos últimos 40 anos. Três mestres da palavra, da iluminação, da transgressão, da denúncia, da reflexão.

Caetano é nosso grande poeta. Luz em comportamentos transformadores; comunicação com o profundo, beleza transexual, melodia, e a poesia que brotou vontade de arte, necessidade de beleza em mim. Há o inatingível ali e o prosaico, talvez risível também; mas, para além, há a inteligência e a palavra como método infernal de alterar, em positivo, a sua e a nossa história... Alma da palavra. Amor que me habita.

Nem sei como falar. Homenageio na forma do grito, rude, sem talento, por não ter coragem de ficar em silêncio... Homenageio com todos os meus discos e meu coração cantando, agradecido, sonhando, entendendo o artista que nos marca de amor. Homenageio à luz de Gilgal em Bethânia, soletrando Nelson Rodrigues, e vibrando na pungência de Jorge Amado.

Esse homem mora em mim e como tive sorte de encontrá-lo no meu caminho. Ao deus Destino, ao Infinito, a Tempo - O postulador, todas as preces para o mago das contradições nascido do ventre de D. Canô.

Homanegeio nas impressões raras e piegas do amor e beijo o seu rosto e a sua boca, calo as teorias que nunca quis, de alma quebrantada pela alegria alegria, lhe digo, meu preto: feliz aniversários!!!

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