quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Fazendo música

Violão Azul
* " E se o amor chegar de nós de algum lugar
Com todo seu tenebroso esplendor
E se o amor já está
Se há muito tempo que chegou
E só nos enganou".
# Ao meio desta descida que tenta encontrar amor e musicalidades... No centro desta paisagem que enfeita o meu esperar e água aos meus olhos. Uma tardinha doída mas azul.
* " Ah, essas cordas de aço
Esse minúsculo braço do violão
Que os dedos meus acariciam
Ah, este bojo perfeito
Que trago junto ao meu peito
Só você violão compreende porque
Perdi toda alegria".
# Constante sonoridade que não faço: assisto. Pedindo tempo ao tempo para negar minha infante intuição. Basta de palavras - o som que seja a salvação.
* " Eu quero amar, é lógico!
Que o mundo não me odeia
Hoje eu estou mais romântico
Que a lua cheia".
#Tempestade da minha ilusão: os versos acima quase perto da chegada da minha descida e ainda o sol brilhando para a tarde.
* "Eu voltei ao passado
E lembrei de você
Revivi tantos sonhos
Que você também viveu
Pois é
Faz tempo que eu não sei da sua vida
Mas hoje uma saudade escondida
Me diz que eu preciso só te ver".
#O mar me traz para perto da imagem que eu quero de você. Dedilho meu violão azul lendo a partitura dos seus olhos castanhos. Tudo mais que lindo - agora!
* "Você está vendo só
Do jeito que eu fiquei
E que tudo ficou
Uma tristeza tão grande
Nas coisas mais simples
Que você tocou".
# Hoje eu hei de cantar para você que de tanta ausência já deixou de ter rosto.
* " Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar".
# Daqui, já muito perto do chão de mim...
* "O meu amor sozinho
É assim como um jardim sem flor
Eu queria poder ir dizer a ele
Como é triste se sentir saudade
É que eu gosto tanto dele
Que é capaz dele gostar de mim
E acontece que eu estou mais longe dele
Que da estrela a reluzir na tarde ".
# Meu coração é uma luneta para as impossibilidades. Mesmo distante eu as alcanço e isso não é só esperança. É acontecer. Alvorecer do que eu mais quero.
* " Meu coração tropical está coberto de neve mas,
Ferve em seu cofre gelado, a voz vibra e a mão escreve
Mar".
# Meu coração é a esteira na qual você se deita e não se sabe deitar... É o achado para os seus instantes mais profundos - idéia do último repouso, prazer mais prezeroso.
* "Estou perdido por alguém
Não consigo ver nada além
Do que eu digo nada sei
Compreender o amor?".
#No chão do banheiro do meu corpo: ninguém está...
* "Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível
Meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí".
#E eu que me soerga desta vontade de encontar, desta mania de olhar pro céu do chão do banheiro de mim mesmo, de fazer músicas silenciosas, de pintar meu violão de azul, de querer sonoridades aquáticas, paisagens aquáticas, tardinhas com sol e alegria, muita poesia e um tiquinho de tristeza para embalar a criatividade... De viver de mar e da imagem das asas do meu amor insolúvel.
* "Pra sê poeta divera
Precisa tê sofrimento"
Patativa do Assaré

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