"Não quero ter mais sangue
Morto nas veias
Quero o abrigo do teu abraço
Que me incendeia
Não há sinal de cais
Mas tudo me acalma no seu olhar"
Morto nas veias
Quero o abrigo do teu abraço
Que me incendeia
Não há sinal de cais
Mas tudo me acalma no seu olhar"
Caminhos sem muito sentido, tudo se faz esperar e para além do verde-mar que vejo: só solidão sem cais. Barulho-me em repetições fugindo do perigo. É um instante desenhado em abandono e me pergunto sobre o tempo que nunca tive navegando a saudade voraz que sinto por ele: o tempo que não tive. Uma cidade quente em seus conhecidos caminhos e nenhum cais à minha frente. Nenhum lugar onde pousar e falta vento nesta tarde quente. Quente - sem perguntas e com algumas vãs respostas -, esse instante me lança a miragens que tenho frente ao mar da Bahia. Sem cais e sem paz. Uma música na voz de um cantor mineiro é o candeeiro que escolhi, agora, para navegar. Ou caminhar? Estacionar na voz até esta cruzada interna cessar.
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