O escritor peruano Mario Vargas Llosa, premiado nesta quinta-feira com o Nobel de Literatura, afirmou que este é um reconhecimento da literatura da América Latina e em língua espanhola, em uma entrevista à rádio colombiana RCN.
"Não pensava que sequer estava entre os candidatos”, disse o escritor de 74 anos em Nova York, na primeira reação após receber a notícia do prêmio. "Acredito que é um reconhecimento à literatura latinoamericana e à literatura em língua espanhola, e isto sim deve alegrar a todos”, acrescentou. "Vocês foram os primeiros, que bons jornalistas, que me encontraram”, disse.
Vargas Llosa nasceu no Peru em 28 de março de 1936 e obteve a nacionalidade espanhola em 1993, sem renunciar à nacionalidade peruana, três anos depois de ser derrotado nas eleições presidenciais do país. Entre as principais obras do escritor estão "A Casa Verde", "Lituma nos Andes" e "A Cidade e os Cachorros".
Além do Nobel de Literatura, o peruano recebeu o Prêmio Cervantes em 1994 e o Prêmio Príncipe das Astúrias de Letras Espanha em 1986, além de outros. Atualmente, é membro da Real Academia Española e é considerado um dos maiores nomes da literatura de língua espanhola.
Premiados - Nos últimos 15 anos, os premiados foram: Herta Mueller (Alemanha), em 2008; Jean-Marie Gustave Le Clezio (França) em 2007; Doris Lessing (Grã-Bretanha), em 2006; Orhan Pamuk (Turquia), em 2005; Harold Pinter (Grã-Bretanha), em 2004; Elfriede Jelinek (Áustria), em 2003; J.M. Coetzee (África do Sul), em 2002; Imre Kertesz (Hungria), em 2001; V.S. Naipaul (Grã-Bretanha), em 2000; Gao Xingjian (França), em 1999; Gunter Grass (Alemanha), em 1998; Jose Saramago (Portugal), em 1997; Dario Fo (Itália), em 1996; e Wislawa Szymborska (Polônia), em 1995.
( Retirado do Cultura On Line do jornal A Tarde)
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