quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Marina Lima, psicografia


Venho passear entre a ousadia e o mistério. Ocupar vários lugares que estejam de acordo com a palavra acontecer. Venho sublinhar o charme e poder ter o outro do sexo que desejar. Venho me inscrever em entrelinhas que me delatam dentro dos sons que me fazem assustar o mundo. Minha marca fêmea coragem, além de mãe e de saudades: venho ser a mulher que sempre quis ser e ter: eu mesma.



Fatos e acasos menores do que eu vou... Nada retilíneo e sem brio; em todos os instantes esteve fé e o meu feitiço embriaga a mim mesma. Meio narciso e dama do alumbramento; uma canção que seduz pássaros e crianças e leva pra cama o adulto que mais desejo.Venho sonorizar o mundo vestindo-me de branco e ainda sendo rocker. Um blues de Billie Holiday. Gata ferina e menina domando instantes a favor das minhas descobertas.


Pássara numa paisagem bethânica - voz do meu eu mulher - tudo sem cessar dentro de mim: poetisa guitarrista bailarina. Tudo sem cessar dentro de mim: flores enfeitando a varanda como numa narrativa de Roberto Carlos.



Tudo que me fulmina e está para além do tempo... Meu destempero, meu palco cheio de razão, minha voz que na verdade nunca falhou, meu álbum de amigos amores família, minha emoção que insiste em me fazer cantar compor sonhar e mais que tudo: amar.



Do meu melhor lugar. Frente ao mar: Hotel Marina.

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