Sim, eu sei que sou deslocado e vejo o mundo sob impressões. E sou romântico também. Guiado por uma infantilidade que quer pintar o mundo de azul. Além de uma necessidade, pintar o mundo de azul faz parte do egocentrismo que toma conta da minha mente desocupada. Hoje vi as ruas da Bahia como viria um quadro de Monet, qualquer qualquer, no Louvre, em Paris; a Bahia do azul celeste do céu e azul-esverdeado do mar: um retrato pincelado por meu coração sob a inspiração do mestre francês. Eu vi ruas e pessoas idealizadas em roupas brancas como ondas para iluminar minha tela querida. Evitei o tema saudade. Abracei meus sonhos remotos fazendo da escrita dança; dançando com tintas e acreditando.
Vi Monet azeitando-se na terra de Caymmi. Ouvi o canto de sereias e quis reviver tudo sem medo e sem preguiça. Tive pressa paulista e fitei a mim mesmo me desafiando como criação. Reinvenção na recorrência de tintas azuis na escritura que brota de mim.
A Bahia de Monet sendo canção na voz indo-europeia de Caymmi e eu, mergulhado no mar de mim mesmo almajendo estar na rota de todo mundo. Mise en scène cosmopolita de um soteropolitano que só conhece rios. O de janeiro também.
A Bahia de Monet sendo canção na voz indo-europeia de Caymmi e eu, mergulhado no mar de mim mesmo almajendo estar na rota de todo mundo. Mise en scène cosmopolita de um soteropolitano que só conhece rios. O de janeiro também.
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