terça-feira, 5 de abril de 2011

Paris

"Sei voar
E tenho as fibras tensas
E sou um".

Houve um pedido.
Descrito no mais íntimo desalinho de mim.
Outra expressão da ancestralidade...
E eu era ali.
Um negro em Paris.
Ruas a me assemelhar nelas,
Procura da Primavera que não haverá.
Eu ali no Café do Sartre,
Sem nada falar em francês,
Sendo o mais francês do lugar.
Vulto em navegação,
O que estava no outro
Era extremamente meu.
Aquela cidade foi minha,
Íntima alegria em fuga-cidade,
Íntima esperança de poder voltar.
Uma cidade no que anuncia
Morada, fantasia, realidade;
Deslumbre, estesia, impossibilidade.
Minhas asas sobrevoam ela.

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