quinta-feira, 23 de abril de 2009

Para ver o sol sobre mar e gente

Foto de Luís Américo Bonfim

Meu peito pede o jeito do sol pelos caminhos. Hoje, nada da circularidade de guarda-chuvas, de poças d'água espalhadas, de chuva molhando, de roupa encharcada, de cinza no céu, cabelo pesando, sonho faltando, cheiro de medo no ar...
Hoje tem que ser um dia de dentro: os olhos querendo o sol sobre o mar e a gente negra da Bahia, para ter permissão à beleza que a poesia dá. Hoje quero escrevinhar num papel sem razão literária a palavra do coração...Do que me basta: encontro, carinho e contínua sedução...Quero ver o mundo pelos olhos brilhantes e fazedor de milagres do fotógrafo e assim, escorrer vontades nas palavras que escrevo para vencer alagaduras que me trazem securas de uma vida sem "cais".
Quero o mais comum: vê sem ser visto e esquecer.Calor. Eu quero o calor de uma paisagem solar diante do mar desta terrinha. Lavar uma conta azul translúcida na beira-mar e desejar que o Universo me renove forte e saudável para novas conquistas. Para caminhar outras línguas. Para sonhar no movimento da impulsão retesando-me a outros lugares. Minha camisa branca não pede paz; pede sentimento. Pede o toque do movimento e o nascer de novas canções...
Poesia na imagem, no papel, no blog, na parede, no grafite, no sorriso, no dorso nu,no silêncio, na imaginação e na coragem.
Eu quero o que vejo na foto acima e convido você a ver comigo:" meu coração da escuridão quer milagres"," meu coração não quer saber o que sabe". Ver o sol a brilhar o mar e a gente da Bahia. Sem tempo nem saudade. Vem.

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