quinta-feira, 9 de julho de 2009

Da imensidão do que eu não sei


Tenho me movido à Fé. Ainda que amargo e insatisfeito. Circulando entre os diferentes sendo eu o mais anômalo. Tenho me achado no seio das convenções e tão impróprio a elas tenho sofrido sem perdão. Agora não há um lugar que me alie ao mistério; não quero compreender, quero sentir e saber por que tão sensível? Hoje não há solução e a violência alheia me alcançou e eu não me absolvo do insucesso de não saber esquecer. O tempo pesa e me expulsa de mim. Quanta coisa a realizar e quanta coisa a aprender. Vivo desta busca: aprender-realizar. Meu peito vagueia neste dissabor. O Rio de Janeiro à minha frente e eu por nada em Salvador ao longo de uma vã conflituada desvelada caminhada na vontade de Ser-Me. Algo para além daqui no coração meu que me aniquila. A vida, em minha tradução, é assim: imensidão e basta! Falta da morada no olho outro que morreu de mim. Hoje é inverno.
Que a Fé me devolva à esperança, combustível maior que preciso para insistir na busca. Pronúncias do prazer por saber que mesmo perdido eu também participo deste louco mistério que é viver. Ouça: meu coração ainda pulsa, não sei como mas...Pulsa.

2 comentários:

vanessa disse...

Querendo poesia, venho aqui.
Querendo me ver decifrada, venho aqui.
Querendo sorrisos, lágrimas, brisa e mar, venho aqui.
Querendo conhecer da solidão e da companhia, venho aqui.

Venho e estou.

Marlon Marcos disse...

Porra: morri!