sexta-feira, 10 de julho de 2009

A danaide


A danaide - Escultura de Auguste Rodin


Esta obra comporá a exposição com peças de Rodin, no Palacete das Artes, em outubro próximo, e é alusiva a lenda das danaides - outra história de condenação. Me fascina essa coisa de carregar água, ainda que de modo vão, pela eternidade afora. De certa forma, me vejo nessa tarefa. Carrego se esvaindo de mim a imagem líquida do amor (des) sentido.


Um pouco da lenda:


"O irmão gémeo de Dánao, Egipto, tinha cinquenta filhos, que foram instruídos a casarem-se com as cinquenta filhas de Danao, as Danaides. Dánao preferiu fugir para Argos, onde foi recebido pelo rei (algumas fontes dão o nome de Pelasgo, outras de Gelanor). Houve uma disputa pelo trono, mas Pelasgo entregou-o após um oráculo dizer para o fazer. Entretanto os filhos de Egipto perseguiram Dánao até Argos, e para evitar uma guerra ele concordou finalmente com o casamento das suas filhas. Porém, intruíu-as para matarem os seus esposos na noite de núpcias. Todas cumpriram o combinado, excepto Hipernestra (ou Amimone). Danao puniu-a por isso, mas Afrodite interveio e salvou-a. Mais tarde, Dánao perdoou-a e permitiu-lhe permanecer casada com o seu marido, Linceu. As restantes quarenta e nove Danaides tiveram como noivos os vencedores de várias competições organizadas pelo seu pai. Danao foi mais tarde morto por Linceu como vingança pela morte dos seus irmãos.
Em algumas versões, as Danaides que assassinaram os seus esposos foram punidas, no Hades, a encherem de água uma jarra com furos, por onde a água voltava a sair."


Fonte: Wikipédia ( não tive alternativa).

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