
Num jeito de velocidade, de acúmulos desnecessários, da árdua tarefa de trabalhar muito, da falta de reconhecimento em todas as margens, de tudo que poderia ter sido e basta (!), desta carga infame do tempo passando sem o toque necessário do amor que acalma; a gente se empurrando não se sabe em nome do quê; a gente nas curvas sinuosas desta vida retilineamente óbvia e se perguntando sem coragem de responder. A vida é morrer?
Num jeito da velocidade que nos desobriga sentir, a parar diante da paisagem de água e azul que tanto queremos mas a sinuosidade do caminho aniquila a visão e nos mecanizam : queremos chegar e não sabemos a onde? Existe uma chegada ou tudo que somos é caminho e caminhada?
O tempo não para bradou o poeta... A velocidade desgasta e traz barulho e o que fica de melhor é a mancha na memória sobre a face mais linda do amor. A história despaginada. Modo mais infante de insinuar que o caminho são curvas desconsertantes e perigosas que, em última instância, termina na morte. Sem mais o que escrever.
Um comentário:
amigo, "sem mais o que escrever" é deixar de ser veloz frente a uma sinuosidade (pergunta).
bjs saudosos, vendo-me por inteira no seu texto.
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