domingo, 14 de junho de 2009

Entrelinhas do vazio

É domingo aqui. Nada do que posso significa.Tudo está para além e quando olho: o que vejo é pergunta. Eu apartado de mim nesse redemoinho chamado vida. Vou adiante numa parte minha e outra é solidão; outra é discórdia; outra canta com deslumbre e emoção a alegria de existir. Vou sem sair e o pior é a sensação de inércia e as máculas das repetições - ainda me quero por aqui mas é domingo. Assombro. Vozes mortas na minha memória vigorosa. Vozes de outrora meu mundo é vazio. Um letra brilha uma data em particular: nasço de vontade. Desejo sexual. Saudade da água. Minha boca a esperar. Os olhos que não me fogem. Ainda mais domingo. Os dias eram assim. Aqui meu pior silêncio no barulho que tento fazer. Não acontece: sou-me a minha inconclusão. Quero mais e nisso mais vazio. De tardinha no cinza que me veste. Escrevo vento levando meu carinho para dentro daquilo que deveria dizer ao pé do ouvido do nome que me arranca dos meus dias. Nada a fazer. Nada. Mas. Sim.

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