domingo, 12 de julho de 2009

João Antonio, quem mais seria?

João Antonio
Um escritor é um delineador de horizontes. Há escritores que reinventam a vida sem inventar nada, ou melhor, sem sair da vida, do cotidiano, e a explicita de modo invulgar falando a linguagem de todos e sendo a melhor literatura.
O escritor paulista João Antonio é exemplar na construção de prosas invulgares sobre o nosso cotidiano. Deslizando sobre temáticas às vezes assombrosas, como a criminalidade, outras incomuns, como eguns do Candomblé de Babá, da Ilha de Itaparica, ou fala da eterna Araca, A dama do Encantado, a saudosa Aracy de Almeida; tudo com o requinte de quem nasceu para a literatura e presta imensos serviços culturais a um país, este país, como o nosso.
Jornalista autoral, João Antonio me foi apresentado por outro mestre do jornalismo, um menino de 26 anos, um dos melhores no ramo da comunicação escrita que eu conheço: Claudio Leal. Foi Leal quem me emprestou Abraçado ao meu rancor, me fazendo, como neófito, viajar na escritura deste João que, às vezes, nos arranca as vísceras. Li também, e confesso, com mais prazer, Malagueta, Perus e Bacanaço, saído pela Cosacnaify, e que está em promoção nas "Saraivas" de Salvador, apenas 19,90. Imperdível. Compra-se barato e vive-se experiências espetaculares, de casa, economizando muito, porque com esta leitura a gente só sai para o trabalho.

Um comentário:

Carlos Cardoso disse...

Vou Correndo comprar rsrrs