E eis que se via o tempo passar...
o vento levava e trazia segredos
ampliando enredos de uma história
que não sabia findar.
Tudo visto da janela;
todo sentido construído
a partir da janela aberta;
todo pedido toda negação
e o sim que circula na alma
para instalar a ilusão.
Abrir janelas,
estar nelas em horas,
sonhar acima da condenação,
tendo misericórdia de si,
sobrevivendo à luz da compaixão.
Vendo-se em Caeiro,
(ele o verdadeiro deus tempo),
com dois poemas ardendo na mão
e o coração perdido na rota tosca
dos lugares proibidos.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
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