Silêncio.
Anoiteceu na Cidade da Bahia e em mim cessaram muitas perguntas. Aliás, desisti de muitas respostas. Hoje o dia flanou sobre mim sem que me tocasse a solidão. O sol convidou a alegria, o azul do mar me entregou poemas, os amigos me abraçaram, as mulheres cantaram, os pássaros livres, nada de erros e acertos, a beleza se sendo real, inspiração na brisa, um leve desejo, um trio de vozes femininas fazendo um suave carnaval. Há muito que hoje não era tão hoje assim.
Há muito que a leveza não me cobria nesses dias de feriados natalinos. E os meus olhos enfrentaram corajosamente o horizonte do mês de dezembro. Quero-me mais tempo assim: sem questões de tristeza ou felicidade; quero-me em mim me dando o direito de só ser, ainda que seja sobre o sol quentíssimo do verão da Bahia, me devo o direito de só ser...
Mescla de amarelo e azul inclinando-se ao branco que pacifica... Não ouço meus lamentos e nem marulham minhas saudades, a calma é da alma, paisagem é água, e estar aqui, nesse instante, só fazendo silêncio.
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