sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Clarice Lispector: 90 anos!


Quando é 10 de dezembro sempre me alcanço em misturas de mim mesmo. Ouço música, leio poemas, invado a literatura que me comanda e invento. De verdade mesmo só minha saudade. De tanta coisa descrita nos textos de Clarice Lispector. Da vida que me inspira e eu não a tenho. Mas não sou imoral, me ordeno a me fazer feliz e a amar estar vivo. Ordeno-me, em entrelinhas, a atrair o inesperado bom pra mim e a dividi-lo com o mundo. Eu sei um pouco do mundo e ele é simples; tal igual a festa que faço dentro de mim por causa do nascimento da escritora. O mundo simples é quando um livro se abre em minhas mãos e quem o assina faria hoje 90 anos.
Sempre é festa em meus olhos quando 10 de dezembro, ou quando literatura clariceana me tomando. Quando dou conta do tempo que vai passando e nossos desejos ainda gritam sem muito pesar.
É 10 de dezembro em meu peito Clarice Lispector e passo a desenhar rosas brancas e vermelhas, a fazer poemas, a chorar baixinho, tomando vinho, tomando ar, esperando carinho de alguém que insiste em não chegar. Mas hoje é 10 de dezembro. Palmas à senhora Lispector.

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