Olhar essas águas é ninar meu espírito e estar em transe. Aquele doce é o sal da baleia, a outra pedra que me dá apoio; o de mãe. Lanço flores que dançam na superfície das águas e ao afundarem vão pedindo a Ela os meus anseios minhas esperanças. Brinco naquelas águas, sobrevivo às dores e sinto prazer em existir feito criança. Sou eterna criança no colo daquela Mulher. Saúdo peixes, abomino a poluição, peço sorte; canto em Iorubá, movimento meus braços, me comovo e choro, fico forte, Ogunté me atende presente em tudo que fiz que faço que farei. Meus olhos são energia-flores quando encontro a morada maior de minha Mãe e Lhe lanço minha gratidão banhado em lágrimas e seguro de nunca estar sozinho. Meu corpo é alfazema e meu íntimo serena feito balaio de presentes e cores, sendo mais verdejante, para o azul imenso que traduz a minha imaginação.
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