terça-feira, 26 de maio de 2009

Por um pouco de liberdade


E eu que acredito tanto, como efeito contrário, preciso desacreditar um pouquinho. Sair discretamente do chão e sobrevoar as ilusões que me adoecem, me aniquilam e me fazem estacionar. Eu quero o centro do movimento. A sensação mágica da flutuação; pairar sobre o velho de mim e ficar, hoje, do meu lado solar. Preciso de novidade. Um cântico de pajé num brado de orixá: sonhar de cima, vendo os lugares que não me cabem mais, e me retirar definitivamente de todos eles. Liberdade interna: eu suplico!
Amo sentir ternamente os sentimentos que iluminam minha existência. Sou todo carinho enfeitiçado pela ideia do amor profundo. Eu me iludo e nessa prisão me salvo do tédio do cotidiano. A prisão da ilusão é o primeiro lugar a ser esquecido. E o medo se instaura: qual será a minha outra condenação?
Suplico liberdade nem que eu tenha que durar vazio. Só peço um pouco de ternura, de abraço entregue, de mar à minha frente,de amigos amorosos, música e POESIA.
Liberdade: para que eu possa saber o que a força de um amor me privou de ser.

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