terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Saudades de Cachoeira

É como querer se perder em um lugar que só é salvação. Encontro do corpo com a paz, dos olhos com a lindeza da paisagem, da alma com o ancestral; a fé no horizonte correto e um rio caminhando majestosamente para o mar: Cachoeira é o meu inteiro na delicadeza. Calmaria da paixão, se isso for possível, à luz dos olhos mais amados. Um cântico nagô entoado pela saudosa Gaiaku Luisa - várias lições cotidianas e sagradas vindas desta nossa Luisa de Oyá. Luz negra da Irmandade da Boa Morte - fagulhas da certeza de que lá está a minha raiz...
Caras lindas, corpos deliciosos; saberes seculares; arquitetura divina; templos de candomblé; a Pedra da Baleia - minha outra morada -;amigos imprescindíveis; memórias amorosas; pôr-do-sol lindíssimo; mulheres negras secretas; cerveja gelada; muita cachaça;o Pouso da Palavra; a Roça do Ventura; mãe Filhinha de Iemanjá Ogunté; chuva e frio juninos; a profunda saudade e o Paraguaçu - meu mais que amado rio.
Essa cidade não sai de mim.

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