sábado, 14 de fevereiro de 2009

Tudo tem seu tempo

Eu sempre me achei chegando atrasado a tudo. Sempre me pareceu que assim que conquistava algo, já não era a mesma coisa, já tinha deixado de ser bom como antes e aí muito me lamentava. Poucas coisas me dão o sentido de completude - talvez seja a arte que mais me faça sentir-me diante de algo completo . Sou eu em minha mente me sentindo atrasado e perdido numa sensação de falta de inteireza e de realização frente à esta coisa chamada TEMPO.
Muitos já disseram: meu tempo é agora, minha vida é hoje. E eu, de fato, concordo: o tempo da gente é nosso e tudo que tem que acontecer, acontece. Às vezes, inexoravelmente. Amadurece e acontece porque é algo que tem que ser - sem fugas nem desastres, tem que acontecer!
Como as coisas que escrevo na areia do meu coração e não se apagam e me vão comigo como sustentação e alicerçam o edificio do meu viver.
Eu sempre deixo o mar em mim: até quando estou no absoluto deserto existencial... Deixo água assim, mobilizando-me a chorar e a me salvar da secura perversa que também perfila a nossa vida.
O tempo é implacável - mas na sinceridade do que escolhemos e brigamos para expressar, a vida acontece nos fazendo realizar a parte que nos cabe no latifúndio do universo...Tudo será muito pequenininho - mas será igualzinho ao nosso tamanho - "nem maior, nem menor; do meu tamanho". E nada será tardio - o que não foi é porque não deveria ter sido e isso é maior que a razão que nos movimenta. Isso é o mistério que alimenta a nossa permanência e nos faz continuar, pois :
Tudo tem seu tempo !

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