Olhava em sim
Falava em não
Voz certeira
Na audição do medo.
Era segredo e confusão.
Chegava bem cedo
E tão cedo partia.
Dançava sobre a grama do jardim
Quando se ia
Deixava a vida sem casa.
Dominava a natureza das cores
Como as flores - era beleza nos lugares
Diante daquela presença
Todos perante altares.
Força estridente do silêncio
Alameda do assombro
Morada da desilusão.
O que nasce para não ser
Não para o lado de cá;
Excesso de música
Para uma dança sem par.
Manancial da embriaguez
Promoção das vadiagens
Paisagem obtusa colorida
Falares faltosos - inverdade.
Olhava em sim
Falava em não
Desenhando o caminho
Único árido irrevogável;
Caminho do desapego
Desalinho da vontade.
Sem retorno
O olho do sim
A boca do não;
Sem a marca da coragem
A desértica decisão:
Adeus,
Nosso encontro é despedida.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
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Um comentário:
Lindo!
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