"A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo."
Dos domingos em que me perco de mim e a onda do tédio, inerte sem dança, me lança à inutilidade da vida. Descrevo a força do olhar sofrido no dia anterior e bem ressaqueado desaqueço-me dos sentidos que motivam a esperança. Domingo eu sou aquele silêncio da cruel saudade... O que é tão perto mas inunda de distância e esperar é estar lá na longínqua cidade, num desenho feliz da infância... Domingo seu sobrenome é tédio. Um tipo de chuva que machuca a telha do pensamento e nem desabamento é possibilidade. Domingo é ser vazio no construto dos feriados e existir sem centro. Calar de dor generalizada e desmagnetizar o cinza, ampliar o roxo, obscurecer a recepção da alma e perder o azul promessa dos melhores sonhos.
Domingo é o contínuo da mais terrível despedida...
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