sexta-feira, 30 de abril de 2010

Este tal Rimbaud


A ermo. Indo e vindo. Barco no vazio sentido de querer chegar. Escritos soltos presos numa paisagem de poemas-menino. O maldito libertador e fazedor de mortes. Avalanches de memórias e algum silêncio. Ditos da genialidade que acaba cedo. O desgosto. O corpo. A fatalidade. Tinta de sangue. Maldito. Colorido marítimo que se esvai no notívago espelho da solidão. Insensata criança incentivadora de transformação. Abandono de si sem desistência. Eternamente poeta, singularmente gente.
"E desde logo me banhei no poema
do Mar, infuso de astros, e lactescente,
devorando os azuis verdes; onde, flutuação pálida
e arrebatadora, um afogado pensativo às vezes vaga."

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