domingo, 4 de abril de 2010

Ócio dos gênios: Clarice Lispector e Billie Holiday

Clarice
Billie
Tal vez foi descontração. Elas imprimindo-se em fotos. Com o peso da impossível normalidade. Vez do quase descuido inumano. Manhã de domingo refazendo sonhos apesar da dor. Escritos incisivos d'uma n'outra a voz do mais amplo sentido. Em ambas, manhã da total beleza. Vez outra chega nobreza, quando uma posa branca e a outra negra, fuma... Lindeza do que se encanta em voz e escritos e elas, mulheres queimando: fogo sagrado da sedução... A bela face feminina íntegra aos prazeres e dores.
"Sentia o mundo palpitar docemente em seu peito, doía-lhe o corpo como se nele suportasse a feminilidade de todas as mulheres".

"Não acho que estou cantando. Sinto-me como se estivesse tocando trompete. Procuro improvisar como Les Young, como Louis Armstrong ou alguém que admiro. O que vem é o que sinto. Na realidade, detesto cantar por cantar. Tenho de adaptar a melodia ao meu próprio modo de cantar. É tudo o que sei".
"Fique de vez em quando sozinho, senão você será submergido. Até o amor excessivo dos outros pode submergir uma pessoa".
"Maybe
I shall meet him Sunday
Maybe monday, maybe not
Still I'm sure
To meet him one day
Maybe Tuesday
Will be my good news day"
"Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma".
"Take me back, I love you
... I need you
I know it's wrong, it must be wrong
But right or wrong I can't get along
Without you".

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