sábado, 15 de janeiro de 2011

Da chuva forte dentro e fora de mim



Eis-me no centro dos temporais.
Vagando de ilusão em ilusão,
Seguro nas mãos dos ventos.

Eis-me na natureza tempestiva
Do meu ser pedindo paz;
Minha vontade de fazer brisa
Navegar mares e companhias;
Ter gente e ser gente em mim.

Eis-me sem sorriso num disco
Rodando...
Braços semi-abertos
Uma voz feminina cantando.

E eu chorando
De pé frente ao rio
Chovendo minhas lágrimas
Olhando estrelas
Louvando Iansã.

Eis-me num descampado
Sujeito a raios e medo da vida;
Indo para o centro de tudo
Como se nunca num útero
Eu tivesse existido.

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