
terça-feira, 31 de março de 2009
Olhar etnográfico

segunda-feira, 30 de março de 2009
Amada Amante

Amor demais amigo
Que de tanto amor viveu
Que manteve acesa a chama
Da verdade de quem ama
Antes e depois do amor
E você amada amante
Faz da vida um instante
Ser demais para nós dois
Esse amor sem preconceito
Sem saber o que é direito
Faz as suas próprias leis
Que flutua no meu leito
Que explode no meu peito
E supera o que já fez
Neste mundo desamante
Só você amada amante
Faz o mundo de nós dois.
Âmbar//Michelle Cirne
Adriana Calcanhotto*
P.S.: Viva o Rio Grande, Tchê!!!
domingo, 29 de março de 2009
Sob o signo desta cidade
sábado, 28 de março de 2009
Sidney Santiago

sexta-feira, 27 de março de 2009
Sob o olhar de Maria Sampaio
Viajar

Meu coração só

quinta-feira, 26 de março de 2009
Música e Poesia: Jussara Silveira
quarta-feira, 25 de março de 2009
Do invisível

Para o que era além mas sempre esteve aqui. Pertinho. Gotejava seus odores frente à minha respiração e me olhava de dentro do mais real dos carinhos. Segurava-me com as mãos em cremes e eu assustado, deslizava. Vestia-se de cinza rosa azul - era flores no nome da rosa. Amarela. Dançava comigo. Sorria por sobre minhas lágrimas, enquanto me abraçava. Eu sorria de alegria naquela tristeza que brilhava sementes de inspiração. Dos olhos castanhos mais belos na ternura que olha absurda para o lado interno da gente: o amor é assim. Dali me vinham as palavras mais doces, os desenhos mais belos, pouca música; uma,que me é secreta, foi a mais longa das sinfonias embalando o sutil maravilhoso dos encontros. O corpo era o aperto do delicado e me impelia a singrar o desejo, que eu tocava e me encaixava inteiro na fome que a paixão, de noitinha, a dois, sempre traz. Tudo esteve ali, descrito no tempo que acontece, era invisível e assim, eu não via. O além de mim que me acompanhará eternamente.
Uma poesia:
Ser cosmopolita

segunda-feira, 23 de março de 2009
Mudança

O circo
P.S.: Esta canção é um manifesto contra a exclusão social sofrida por negros e pobres na Cidade da Bahia, nos anos 40, 50,60, 70... A ouvi pela primeira vez na voz dela, Maria Bethânia; Maria dá a ela, a canção, a tônica dramática necessária para expressar a grandeza poética e, ao mesmo tempo, denunciar, protestar, doer-se, como queria o gênio do povo, o senhor Batatinha. Esta postagem é uma homenagem ao fã n° 1 de Bethânia, meu amigo Joaquim.
Batatinha - O Poeta do Samba
Foi lançado, em primeira mão, há um pouco mais das 18h., do dia 22 de março(2009), no Cine Unibanco Glauber Rocha, o excelente Batatinha - O Poeta do Samba, de Marcelo Rabelo. Uma bela, precisa e importante homenagem a favor de outro grande artista injustiçado pela Bahia e pelo Brasil.
Batata é o poeta perfilador da nobreza do nosso samba. O homem das canções doídas, das letras ultra-tristes destinadas ao carnaval. Morreu em 1997, mas deixou uma obra significativa que pode ser preservada e divulgada através de uma Fundação. É bom que se conheça Batatinha, e se reforme o bar Toalha da Saudade, nos Aflitos. Recuperemos a grandeza de um produtor de pérolas, nascido do povo como Cartola, Nelson Cavaquinho, Assis Valente, entre outros. Viva Batata!!!
domingo, 22 de março de 2009
Ver e ouvir ( através de Marilena Chaui)
"Ver, lança-nos para fora. Ouvir, volta-nos para dentro. Porém, mais importante do que essa diferença é a afirmação platônica de que a verdadeira causa pela qual recebemos a vista e a audição é estarmos destinados ao conhecimento. Voltando-se para o interior, a audição nos faz começar ali onde todo saber deve começar, interpretação socrática do Oráculo de Delfos: 'Conhece-te a ti mesmo'."
Encontra-se em:
CHAUI, M (1989). " Janela da alma, espelho do mundo". In: NOVAES, A. (org.). O olhar. São Paulo: Companhia das Letras, pp. 31-63.
Vestígios da travessia

É isso: parte destas perguntas e outras mais profundas e melhores poderão ser respondidas com o livro récem lançado do professor Marques de Melo, em comemoração aos seus 50 anos de carreira comunicativa. Leitura imperdível.
Marques de Melo, José - Vestígios da travessia: da imprensa à internet – 50 anos de jornalismo - São Paulo, Paulus / Maceió, Edufal, 2009, 303 p.
"I have a dream"

sábado, 21 de março de 2009
Senhora das Águas
Começo do mar
Eu vim de tão longe
Sem poder parar
Ouve minha prece
Senhora das Águas
Secai o meu pranto
Molhai minha mágoa
Ouve minha prece
Senhora das Águas
Secai o meu pranto
Molhai minha mágoa
Vagando sozinho carrego ao luar
Um barco de flores para lhe ofertar
Ouve minha prece, Senhora Rainha
Que eu ouço o teu canto do fundo do mar
Se eu ouço teu canto, Senhora Rainha
Ouve a minha prece do fundo do mar
Tua estrela já vem me guiar
No mar, qual uma lua a clarear
Me ponho a teus pés a implorar
Valei-me, minha mãe Yemanjá
Teresa Cristina/ João Callado
sexta-feira, 20 de março de 2009
Anjo Exterminado

quinta-feira, 19 de março de 2009
Meu negro gato canta no Porto
Jussara Silveira no TCA

Do que é triste mas é alegria em mim

Adoro ( ainda) gente. Transadoro artistas. Comovo-me com as histórias daqueles que pousaram no âmago da genialidade e que, apesar de mortos, nunca morreram. Sempre revisito em meus escritos a presença eterna e magistral da maior cantora do mundo de todos os tempos e vislumbro, em ânsia e orgulho, a sua trajetória de muita dor e de singulares realizações. A mulher da voz curta e mais autoral que o jazz conheceu; que a canção popular da Terra recebeu; a mulher tosca e entegue aos seus vícios que serviu, e ainda serve, de melhor exemplo da beleza vocal que uma cantora pode imprimir... Billie realça-se entre Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Nina Simone, Dinah Washington, Aretha Franklin, entre outras.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Convocação aos baianos ( por Cláudio Leal)
O escritor Milton Hatoum lançará amanhã (19) seu primeiro livro de contos, "A cidade ilhada", em Salvador, na livraria Tom do Saber, às 19h.
A visita promete aprofundar sua relação literária e afetiva com a Bahia. Nascido em Manaus, Hatoum constrói uma obra sólida de romancista, sem apegos ao tempo agalopado. Matura a memória para reinventá-la. Comprovam seu rigor os livros Relato de um certo Oriente, Dois Irmãos, Cinzas do Norte e Órfãos do Eldorado. Em 2010, Dois Irmãos vira minissérie, sob direção de Luiz Fernando Carvalho.
Em agosto de 2008, o jornal Le Monde fez uma série com 15 escritores e o escolheu para representar a literatura brasileira.
Palpite: ao correr as ruas apertadas e ver os casarios de Salvador, Milton se sentirá invadido pelo desejo de Manuel Bandeira, ao visitar essas plagas em 1927: anotou a vontade doida de comprar dois sobradões "de 4 andares e sotéia". Um pra ele, outro para Mário de Andrade.
Apesar de andar em uma metrópole que insiste em negar uma vocação histórica, dirigida por alcaides pequenuchos, aposto que o escritor relembrará passagens da obra de Jorge Amado, a quem conheceu em Paris. Guarda uma saborosa história.
No início da década de 90, Hatoum lamentou a Jorge:
- É difícil viver de literatura e formar leitores no Brasil.
Hatoum lançara, em 1989, "Relato". Alma generosa, ainda mais numa mesa parisiense regada a vinho, Jorge ensinou o caminho das pedras:
- Ah, é fácil. Basta escrever 30 livros. Lança um livro, cata uns leitores, no segundo mais outros, e vai juntando todos eles. Depois de 30 livros, você vende bem.
Milton fez as contas:
- Então só faltam 29 livros!
Jorge piscou o olho:
- Mas é!
O romancista amazonense não chegou a concretizar o desejo de visitar o autor de "A Morte e a Morte de Quincas Berro d’Água" na casa do Rio Vermelho. Mas os rápidos encontros revolvem nessas águas de março. Amado segue a ser sua medida afetiva da Bahia de quase todos os pecados - e alguns santos, entre os quais não nos encontramos.
Abraços, e compareçam ao lançamento!
Claudio.
Oyá-Iansã

Hoje: os raios em minha mente clarificando a essência dos milagres que me acompanham.
terça-feira, 17 de março de 2009
Encontros comigo
O artista e a sua canção
Relação entre Deus e o músculo
Que faz poderosa a sua criação
Pensando bem
É um mistério
Como é misterioso o coração
Como é minúsculo
O olhar de quem vive no escuro
Um sujeito malvado e burro
Alguém machucado como não ter um bem
Não tem porém
Mas tem um tédio
Não ser vítima do assédio de ninguém
Quase não dorme
Vive ao avesso
Medo conhece bem
Sem endereço
Como é que pode
Não fazer mal também
Tenho meus vícios
Vivem dentro de mim esses bichos
São o pai e a mãe dos meus lixos
E às vezes me levam de mal a pior
Pergunto quem
Não sabe disso
Os momentos em que a vida não tem dó
Solto meus bichos
Pelas músicas quando me aflije
Mas um homem sem esse feitiço
E sem um carinho a que recorrer
Pode matar
Querer morrer
Pois perdeu todo sentido de viver
Sérgio Sampaio
segunda-feira, 16 de março de 2009
KarinaMar

A leoa

Do azul que vem das águas

Ana Terra - o livro

domingo, 15 de março de 2009
Na terra do coração ( fragmento)

sábado, 14 de março de 2009
Maria - espécie de semente

Seu nome Maria é o início da poesia que não tiro de mim. Meus olhos seguram-na cantando em sua cena de transmutação. As contas consagram nossa Fé. As vestes reluzem o incomum palco que ela quer. E o palco sobre seus pés é a expectativa de uma união humana coletiva que sempre dá certo.
Uma fêmea de muitos trajetos que abarca a realização em si. Mulher da mítica vontade que criou
a ilha de Lesbos. Mulher do límpido ofício de cantar e assim gerar lugares que descartem na gente a ideia do perverso. Mulher que se desfia em artisticidades.
Paisagem do grave canto profundo: amar é o melhor remédio. E ela em seu desmando de nos fazer apaixonar. Canta como oração. Dança vitoriosa sobre o mundo. Instaura -nos a vontade de sempre sonhar. Semente que vinga de composições realçadas em sua voz maioral. Música feita pela melhor atriz. Mulher da esfíngica sedução. Quando ela chega, no palco, em nenhum reduto de humanos, ninguém consegue se fazer mais bonito. O mito em carne e osso descrito nas memórias de um Orixá. Ela, a fêmea que é vento fogo e ar. Narra o Orixá que comanda a vida dela. E canta. Lindamente canta. E por instantes serenos de música e poesia: Maria, hoje, melhor que você, nenhum espetáculo musical existiria.
sexta-feira, 13 de março de 2009
Por dentro do meu mistério

Porque não posso arrancar
Arrancando eu sei que morro
Morrendo eu não posso amar ".
quinta-feira, 12 de março de 2009
Toni Garrido

quarta-feira, 11 de março de 2009
O lado quente do ser

Georg Simmel
Sobrevivendo à luz do sol

terça-feira, 10 de março de 2009
Abraços na Arte: Brasil/ Japão

segunda-feira, 9 de março de 2009
Malu Mader ( sempre)
Meu caro Edu,
Essa moça principiou minhas confusões e confesso: é a menina (hoje com 42 anos) dos meus sonhos. Coisas inexplicáveis que o mundo business faz com a gente. Achei lindo seu encantamento com ela e sempre, de algum modo, trago pra mim a imagem dela que me fazia esperar e ter esperança. Anos Dourados me ocupa inteiramente, já reassisti o seriado várias vezes e comprei o DVD para rever sempre que a imagem de Malu, inocência e beleza, me falta e eu preciso sonhar. Um seriado que tem como trilha Maysa cantando Franqueza e Dinah Washington embalando What's a diference a day makes - primor da TV Globo. Foram muitas malus e eu sei que a de fora de cena é bem difícil. Mas a menina cênica, em muitas personagens, se eternizou em mim... Vai, agora, aqui: em homenagem à nossa alegria e fantasias infanto-juvenis. Malu é coisa da gente, né? Você me entende.
Alaíde Costa canta Milton - Amor Amigo

Alaíde Costa

Clara Nunes

sábado, 7 de março de 2009
A menina do sonho

Hoje a menina do sonho não veio me acordar
Quem sabe até tenha vindo e eu não soube sonhar
Quem sabe até tenha tentado me descobrir
Em meio ao sono pesado a dormir, a dormir
Quem sabe até tenha vindo visitar meu sono
E quem sabe era só o abandono da alma dormida na vida
O que havia no fundo de mim pra se ver
Que ela, menina do sonho, ficou comovida
E não fez nada mais que sorrir
Partindo logo em seguida a buscar por aí
Outra morada pro sonho, por ser ela fada
Fadada a viver, com seu corpo no nada
O instante, o espaço, o abraço real da ilusão de existir
Quem terá tido essa noite
O sonhar visitado por ela ou por um querubim
Já que a menina do sonho não veio pra mim?
Azul

Sem razão nenhuma
Tincoãs

Vieram de Cachoeira e quando esta cidade surge, alongandas explicações se fazem desnecessárias. Redescobram Tincõas - e deixem a beleza em suas vidas.
Mananciais do poder feminino

Contudo, a experiência religiosa no universo afro-brasileiro, garantiu a muitas mulheres, entre elas as chamadas negras do Partido Alto, endinheiradas através de atividades comerciais, e as líderes espirituais que ficaram (e são) conhecidas como mães-de-santo, o exercício do poder comunitário e a preservação da ancestralidade e da geração de sobrevivência para muitos humanos negros, que se viam apoiados e socializados nos espaços destinados ao culto aos orixás, o terreiro.
quarta-feira, 4 de março de 2009
Pele

A origem das saias
