Em mim uma manhã calorenta com feição de falta, jeito de discórdia, fortes descobertas, pouco desejo, preguiça funcional, sem música mas com poemas, imagens mil, aquela fantasia, rezas, flores, aulas e amor. Isso de me reconhecer cotidiano e de sobreviver às minhas rotinas: como dói. Tenho um acordo com a fama, mas o que mais quero é o meu próprio abandono, intenso silêncio, isolamento. Filosofia máxima de Greta Garbo; a obscuridade de rostos sem nome - quero cheiro de gente simplesmente: um coração batendo, a vida levando sem perguntas, roupas sendo meramente lavadas, conversas banais e pesando mesmo, só a ânsia e a luta pela sobrevivência. Quero o mais simples de mim. Tão levemente respirar...
Uma manhã para cá bem dentro e eu dito por resolução. Desse meu medo de só existir e eu que tanto existo só e não me concebo fora disso. Tenho as imagens de muita gente em meus falsos carnavais. A turba barulhenta; coisas que ficaram para trás. Sorte no destino: coincidências familiares - encontros consanguíneos, presença do pai! Manhã inteiramente anti-festiva e eu não me nego a este luxo. Que a tristeza traga inspiração e nos meus fragmentos, mais que dor, persista criatividade.
3 comentários:
manhã vivendo lutando resistindo, contra os compromissos indesejados... assim nessa sofisticação de ver o tempo passar, responder às necessidades vitais, banhar-se de música e poesia... seguimos juntos, da maneira que for...
Lindo!Marlon meu amigo, você é MARAVILHOSO!só agora descobri o seu blog, mas saiba que vibrar por seu sucesso é uma constante em minha vida.Bjs, Raimunda, duplamente colega,rss.
Que, saudade Raimunda e que alegria tê-la por aqui! Abraços.
Postar um comentário