Noite de sexta-feira, em janeiro, na Cidade da Bahia. Teatro Castro Alves relativamente cheio. Plateia seleta, o sangue de João Gilberto e Chico Buarque circulando entre os espectadores; para o Palco, a bela Bebel Gilberto, pela primeira vez, de verdade, cantando para os conterrâneos de seu pai e aí? O show não foi.
A voz é ótima, o repertório tudo que se precisa ouvir, a banda maravilhosa; ela além de nervosa, estava muito desarrumada musical e cenicamente; sem retorno dos violões, cantou perdida muitas vezes. Tudo se mostrou um grande improviso, pareceu que ela estava passando o som e voltaria horas depois para fazer o show que a gente merecia.
Aguardei isso como quem espera uma premiação; sei que ela pode fazer muito melhor, mas ontem ela não funcionou... Ali se fez um desenho de decepção da estreia de Bebel no palco em que João é sempre rei. Que ela volte, com disciplina, e ocupe seu lugar de princesa, ou pelo menos, de boa cantora, boa artista.
Um comentário:
É! Compartilho cada palavra!
Eu fui e saí do show com a sensação de ter visto apenas a passagem de som. rs
Ela estava realmente intimidada pelo palcão do TCA ou pela pressão de ser filha do "ômi" e não funcionou mesmo! A grande certeza que tive foi de que ela deva ter tomado algum negocinho antes do show, pq a moça tagarelou nervosamente entre uma música e outra!
E logo na abertura, É d'Oxum, com atropelos na letra, podia ter sido substituída pela linda canção de Cazuza, "Eu preciso dizer que te amo", pois acredito eu, funcionaria melhor. A homenagem à Salvador e a Oxum, cairia bem no bis, quando ela estaria mais à vontade no palco.
Enfim... eu me diverti mais pela agitação de Bebel, um tanto surtadinha, doidinha, mas gente boa e de linda voz - isso não tem como negar!
Amei Acabou Chorare, Aganju, Tanto tempo... as músicas estavam lindas , porém soltas e displicentes!
Que pena, mas vamos esperá-la na próxima!
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