segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Ao sabor de La Mercury

Daniela no Crocodilo
Ela inova, agita, embeleza e, às vezes, fala demais. O tom professoral desta que é a maior atração feminina do carnaval baiano a impede de ficar em sintonia com o tom de descontração da festa e ao invés de ser bem vista, precipitados a acusam de chata e elitista. Mas ela educa e a gente se emociona com seu canto preciso que este ano contou com a Neojibá, orquestra sinfônica comandada pelo maestro Ricardo Castro que forma jovens músicos eruditos. Ela lê poemas e faz homenagens, convida gente de peso e se alonga em discursos desnecessários. Poderia falar menos para se harmonizar com o desejo de todos de ali, na avenida e camarotes, entrar na folia.
Com um figurino mais cuidado, realçando sua beleza e valorizando suas curvas joviais, em matéria de arte no palco do trio La Mercury é imbatível e ela canta de verdade, se expressa de verdade; deveria cumprimentar mais o público e evitar insistências com mestres como Caetano Veloso que, apesar de ter cantado com ela lindamente, a esnobou sem querer perder seu ritmo de férias, esquecido apenas quando o Psirico passa e o grande poeta enlouquece...
Sou mais Daniela e penso: ela pode falar mesmo, tem um belo texto, é inteligente, e se Marrom comenta carnaval por que Daniela Mercury não pode ensinar coisas novas e edificantes para o nosso povo? Ela sabe muito e faz a festa, classuda, excelente repertório, impele a se tirar o pé do chão e leva para o circuito Barra-Ondina configurações de espetáculos artísticos.
Não tem jeito: La Mercury é a rainha e Caetano, Gil, Moraes, Armandinho e a família Macêdo, a mestra Baby Consuelo, a excelente Márcia Short ( outra instrutora do nosso carnaval), sabem disso!

Um comentário:

GUTO disse...

Olá Marlon,
Concordo com voçê. E o que foi aquela esnobada de Caetano?? desnecessário não?
Abraços,
Parabens pelo blog!!
Guto