Eu vi a vontade descrita na superfície fugidia dos seus olhos: melhor e maior do que falar em palavras e sonorizar esse nosso sentir. Olhos para fazer silêncio íntegro à força do desejo que resguardo por ti. Olhos para nos marcar de aproximação num sentimento que cresce para vencer o medo e que se quer em carnalização.
Eu vi a euforia discreta em nosso sentido das possibilidades e a boca preparando-se; o corpo falando suas singularidades que comanda, protege e aquece de um frio que não tem lugar. Naquela noite primazia de cinema sem busca, de cinema alcance, de cinema deixas para onde se deve voar... Eu vi como se lesse um conto. Rapidamente a entrega.
Tudo que é intenso são descrições advindas do olhar. Entremeio do toque na fala dando a razão que os olhos desregraram para a tácita confirmação.
Vi do seu verde tranbordante o sereno azulado do meu instante indo à felicidade por causa do encontro fixo e sutil dos nossos olhares. Narrativas da alma dizendo sim aos corpos que vão desnudar-se.
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