Um todo percurso de reflexão e entrega apaixonada. Uma missão que foi cumprida em retribuição à inspiração, à fruição e sentidos construídos a partir da presença artística desta mulher: Maria Bethânia. Sou eu abandonado a uma concepção identitária que perfila o Brasil das salas populares sem perder inventividade, sem prescindir da sofisticação. Sou eu me deixando ir pela palavra ressignificada no som saído da garganta que me aquece até dos domingos... Minha retribuição na investida de que a obra de Maria seja amplamente entendida como fonte epifânica do que um país, em seus aspectos sócio-culturais voltados para a criação popular, pode gerar de grandeza e transformar pobreza em bem estar geral. O canto de Bethânia como narrativas a serem lidas a favor da fruição, da educação, da preservação da memória, da fomentação da fé, do respeito pelas religiões de matriz africana, pelo respeito às diferenças, para o olhar descentralizador, para novas possibilidades de beleza e para o livro-escrita que sai do canto desta escritora vocal do Brasil.
Daí, a minha dissertação. Também uma louvação, agora sim, a uma deusa: Oyá-Iansã!
Nenhum comentário:
Postar um comentário