segunda-feira, 31 de maio de 2010

Gal Costa

Gal - 1973
Sobre o quê perguntar? Melhor ouvir e sentir. Passear pelos lagos claros da memória; vento doce, brisa nordestina; tempo sem pressa, cristal tinindo a profunda afinação. Visualizar o amadurecimento de uma mulher e agradecer por sua presença viva entre os vivos. As nascentes que brotam de um canto indo à frente, num pequeno conjunto, de um tempo musical celeste: rotas sagradas da musicalidade maior.
Devemos silenciar... Que seja breve o restauro magnânimo da musa eterna. Aquela seta que abre o peito mais que promessa e faz a gente sonhar. Um sonho íntegro no azul que percebo: clarinho como o agudo daquela mulher... azulzinho como o teco teco da nossa infância. Um acerto divino em sua condição de cantora.
Flutuar nas asas delicadas sonoras serenas aquáticas vibrantes silenciosas da voz certeira de Gal Costa e assim, fazer manhãs dentro de nós.
Estejam certo: ela volta!

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