segunda-feira, 3 de maio de 2010

O masculino em reverência à Senhora dos Mares

Foto de Guellwaar
Retirado do blog Jeito Baiano


Se não for doce morrer no mar, viver perto dele é... Perto de tudo que gera beleza e fé; perto das narrativas que corporificam o mais íntimo de mim. Tenho pensamentos sobre mim como peixe, ou melhor, como mamífero marinho, ora baleia ora golfinho mas, me tenho como criatura do mar.
Lindo é ver o Dois de Fevereiro na Cidade da Bahia, onde as mulheres, rainhas absolutas em sintonia com as àguas, festejam a Senhora dos Mares; e belo e doce é quando os homens lançam flores ao colo sagrado de minha Mãe. Eu sobrevivo para estes instantes de poesia. Vejo-me naqueles aprontados pelo fé; roupas brancas e azuis saudando em concentração esta energia da gente, Iemanjá.
É lindo! Primaveril assertiva de que sublime e divina é a tradição africana deixada entre nós.
É lindo. Eu sobrevivo por isso, ancorado na luz desta proteção. Irremediavelmente baiano, nascido na beira da de Todos os Santos, filho dileto da Iyá Fazedora de Peixes e Mistério!
Todas as flores de mim vão para Ela.

Um comentário:

Mi disse...

eu vi golfinhos na praia de Itapema, onde estivemos na semana que passou.. a temporada das baleias em Garopaba é de setembro a novembro, ouvi o relato que quem já as viu ensinando os filhotes a nadar... eles gostam das águas frias... nós gostamos de todas as águas... beleza pura, naquela cor...