terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cinema Paradiso


Devo ter assistido a Cinema Paradiso no início de 1990. Eu, cheio de sonhos ilusões projetos, cursando História (UCSAL), Ciências Sociais (UFBA) e Pedagogia (UNEB), querando abraçar o mundo pelo estudo, melhorar economicamente, mas mais que tudo me sentir gente. Este filme foi um alento estético na minha alma; passei amar Cinema integralmente e ali, confirmei o que já sabia: não poderia ficar muitos dias sem filmes e perdi a vergonha em dizer que amo mais a sétima arte do que o Teatro ( que também gosto muito).
Aquele menino, Totó, era eu descobrindo o mundo. E todo sentido de ter um mestre e cumprir promessas com a verdade da alma estava escrito ali e e lia numa visão-audição que só o Cinema pode ofertar.
Estou longe da minha Salvador e, ao lembrar deste filme e tentar postar aqui algo sobre ele, me comove pois me devolve a muitos sonhos que não conseguir fazer. Sinto saudade de mãe amor mestre e eu era de uma tensão tão grande fazendo história - aquele curso que me tornou a pessoa que sou hoje, o mais importante da minha vida que me escolheu para ser antropólogo.
Cinema Paradiso é um curso de arte e se eterniza na gente como filme, como narrativa. O algo que indica na gente que é preciso querer fazer criar e, às vezes, obedecer.
Nunca deixei, do meu modo, de ser aquele menino. Perdão por eu ser pretensioso. Sim.

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