sábado, 20 de novembro de 2010

Na minha negra consciência tem Clementina de Jesus

Dona Quelé

Hoje é 20 de novembro. Algum movimento para além da política me faz visualizar com a audição a poesia da voz de Clementina. Aí, tudo é maior que comemoração. É aprendizado na beleza senhorial negra valente desta mulher. Aí são meus traços brancos que me mutilam a memória nesse querer ser outro. Aí ventam homenagens de Caetano Veloso e ela, Dona Quelé, do tamanho de Abdias do Nascimento, transcende o sonho e canta o jongo, me faz me libertar.
Aí são todos os serões das vozes que compõem o melhor do Brasil. Espelho de mulher que discorda do óbvio; descoberta do mago Bello; circularidade Clara Nunes. Mulher que enfeitiça com a tradição e está dentro da qualidade infinda de Maria Bethânia que também aprendeu com ela.

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