Era para serenar a visão: um corpo nu
nadando no horizonte da sede, da fome
da pele quente na ânsia de mais aquecer.
Era pra ser tão somente estesias
dizeres sem maturação; tudo ágil
lançado com o descontrole
de quem começa com pressa
entregue às arenas do viver.
Era pra ser aqui e já
a boca tocando o âmago
invadida pela realização
sem palavras precisas,
à alma pura satisfação.
Era na sujeira dos corpos
o tempo durando
o desejo sem cessar...
Duas vidas descritas
numa entrega à distância
erguida de presente
a qual só o futuro
efetivará.
domingo, 21 de novembro de 2010
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