quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Claudia Cunha como Gabriela

Foi uma noite amadiana, entre muitas cores, reflexões sócio-antropológicas pairavam no ar... O palco do TCA esperava Mia Couto para fazer uma palestra memorável, elegante, erudita, centrada, poética, reverente, simples e doce: apaixonante o escritor de O último voo do flamingo...
Antes, atores relembravam, sem brilho, personagens de Jorge... De repente, uma voz cantando se passou por Gabriela; voz afinadíssima pertencente a uma mulher vestida de vermelho, arranjo florido na cabeça, esguia e leve como um pássaro, tomou de assalto os olhos e a audição da platéia e foi a grande revelação da noite.
Uma platéia fria ou assombrada com que via e ouvia naquele célere instante? Perguntei-me um pouquinho, só um pouquinho, porque não poderia perder o que senti, ali, ouvindo Gabriela cantando. Gal estava ali também, no palco, como herança da grande e jovem cantora... Meus Deus, uma mulher como epifania e eu sentindo a beleza do mundo, da minha negra Bahia, a falar do meu amado Jorge e esperando dois mestres que chegariam, Mia já foi falado, o outro: Mateus Aleluia!
Noite exitosa encerrando o excelente Conlab que a Bahia proporcionou. Parabéns a Jamile Borges, Adriana, Fernandinha, Luiza Reis: meu povo lá do Posafro.
E mais que tudo: parabéns àquele transbordamento em minutos! Claudia Cunha, eu te amo!

Nenhum comentário: