segunda-feira, 24 de maio de 2010

livro do quase invisível


Livro-carta endereçado aos corações levinhos. E aos pesados também. A autora é uma das melhores revelações literárias na Cidade da Bahia e, com apenas dois livros, é uma das minhas poetas favoritas. Seu nome é Karina Rabinovitz e sua agitação cultural nos permite viajar na leveza que a poesia, às vezes, instaura. Lembra-me Mário Quintana, Manoel de Barros, mas melhor que tudo lembra-me a grandeza existencial dela, a risada dela e aquela vontade dela de fazer o azul florescer como marca do amor entre as pessoas. Este meu texto é piegas mas o livro passa bem ao largo disso. Tem instantes de rara beleza; tudo é diminuto porque não se caberia diferente assim: é o imenso e o muito disfarçado de pequeno e pouco... Já o li e re-li várias vezes me fixando em alguns poemas que me traduzem a alma. Sou-me daquele azul e daquelas águas numa espécie de ancestralidade que denota Oxalá e Iemanjá no meu ori e no ori de Karina, ela que é baiana de origem judia. Necessário para espantar a mediocridade, tirar os pés do chão, ter beleza ao alcance dos olhos e agradecer pela poeta que vive entre nós. livro do quase invisível é visivelmente uma obra flecha que nos chega inteira para instaurar paixão. Um brinde aos que lêem e aos que amam a poesia.

Um comentário:

karina rabinovitz disse...

e eu de cá agradeço, com olhos marejados.
amo o piegas!!!!!!!!!!!!
e você!
obrigada.