Bem depois. Uma musiquinha, um casaquinho, vinho, lágrimas, espera para fazer a solidão maior. Algum desvario - a procura no erro, a falta de lugar para amar -, vozes outras, lamentos. Arre, o tempo parou. Vaga vastíssima. Nana eletrolando o sentido. Tudo que muito dói. O corpo tremendo. A vida dançando. Pintura de água. Inspiração alcoólica. Deserto. Neve na Bahia. Fogo no Paraná. Sede tanta. Naufrágio em mim mesmo.
Cenas do amor num mergulho sem mar. A pedra faltando. A coragem cessando. O eu sem saber encontrar.
Bem antes. Tudo em silêncio, nada revelado, amor em mistério. Nada do tempo obrigando; nada do corpo ansiando. Nada em face do tudo que se guardava numa tessitura de amor e admiração.
O que nunca deveria ser era essa paixão.
terça-feira, 10 de maio de 2011
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