Essa eterna embriaguez, mesmo quando estou sem álcool. Meus passeios de mim para eu. A bússola espiritual da Dona do meu Ori. A vergonha aliada aos hipócritas. A discórdia com o que não quero fazer. E o fazer do que eu quero. Um pouco deserto na alma, mas tudo bem molhado. Um lado edificado, minhas canções favoritas numa outra escrita que incorporo em mim. Essa trajetória sem corpo. Meu toque no mundo. Eu tocando o mundo de Bruxelas até ali, Largo dos Aflitos. Há algo me mutilando. Eu me perguntando sem ninguém para responder. Quem coça minhas costas?
Essa dança de mulher. O ciúme me matando. O mar que me espelha e afoga. Meu nome a distância. O que deveria segredar. Cenas do filme de ontem. O poema na mesa hoje. E amanhã?
Lá em Bruxelas. Beleza e desespero. Um sonho encantador. Olhos que choram e aprendem. O frio que acompanha e o silêncio perturbador.
Onde mora coragem em mim? Leio Água Viva e me permito imitar. Onde mora coragem em mim? Mais que coragem - preciso também de sorte.
Onde ponho a minha saudade? Traz.
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