" - Onde o senhor mora?
- Numa cidade chamada memória".
Intenso prazer de viajar. A cidade da pedra azul na minha vontade de deixar cidades para trás. Ir a Istambul. Meu coração na intensidade, adrenalina, saudade de muito querer. Viajar até me perder no sumidouro de mim mesmo e esquecer o que tive até aqui. Ir a Istambul. Sem remoer nada. Sem me deter a mais nada. Larga vaga neste toque que só de leve dei. Visão que me azuleja e me alucina. Quero esquecer , me incomodar e viajar até lhe perder por dentro. Não moro em lugar nenhum. Habito o que me é externo e sem pertencimento. Vago de estesia e alumbramento, secando o mundo com minha água; deslumbrado com os olhos querendo Istambul. E sem sua fala nos levando para o não lugar: a viagem que não houve.
Ir a Istambul? Como agora? Onde eu moro? Na cidade construída na memória e que fica em cima da pedra do mar.
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