Ontem ( 28 de maio de 2011,às 21 horas), Sala de Arte do Museu, Salvador-Bahia, palco para exibição do longa Elvis e Madona, de Marcelo Laffitte, com Igor Cotrim e Simone Spoladore, na 4ª Mostra Possíveis Sexualidades, sala com super lotação e, na tela, uma íntegra história de amor, com necessários toques de "conto de fada" quando o assunto é cinema e paixão.
Belo como narrativa e excitante como composição afeto-sexual, como possibilidade amorosa neste mundinho contemporâneo cada vez mais desencontrado; educativo a favor da nossa complexidade, que deve ser realçada e ressaltada para tratarmos de assuntos como União Civil Homossexual, Criminalização da Homofobia, Kit anti-homofobia, e as recorrentes hipocrisias religiosas e civis que fazem parte do processo da sociabilidade brasileira.
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Uma história de amor entre um travesti ( Madona) e uma entregadora de pizza lésbica (Elvis), que apesar de ficção, compõe uma história muito vista em nosso país: o encontro afeto-sexual aparentemente impossível, como seria o central desta narrativa, mas que acontece e já foi estudado do ponto de vista sócio-antropológico. Uma história que vibra os caminhos das possíveis sexualidades, problematiza nossas contradições e referenda ( o mais importante) o amor.
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Divertido e com final feliz. Grande atuação de Igor Cotrim, impávido e sensual na pele da adorável Madona. Tudo ali, em Copacabana, o amor explodindo sem regras e redimensionando nossos valores culturais. Reinventando. Ainda pude abraçar Cotrim, agradeço-lo por Madona, que estava presente na primeira exibição do filme na Cidade da Bahia.
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