"Eu faço versos como quem morre"
Desenho o mal dentro de mim. Apago o brilho triste dos olhos além para não ter o que e como buscar. Exponho-me ao poema rasgado em centelhas e preste a chorar. Eu, o incauto. Aludindo minhas ilusões. Quase chorando por dentro da chuva. Esse molhado da incômoda solidão. Esse livro rasgando-se e levando meus sonhos vãos. Doendo num ritual de luz a favor da morte. O poema ocupando um lugar na cama. A memória, como a cama, servindo de abrigo ao poema e a ausência que me molha mais ainda. Ah memória! Histórias que não sei contar.
Desenho o indizível que todos sabem e o mal mora dentro de mim. Tenho perguntas sem respostas e repito; repito muito. Repito mesmo. Eu quero como quis outrora e ao avesso. As flores do jardim na casa do vizinho morreram todas. Mas o que eu quero, quero pra mim com a dor da morte e os desalinhos da vida. Pra mim. Defronte e dentro. Sangue e perfume. Tempero. Temperamento e taras. Quero sim. Roupa íntima branca molhada. Um pouco de Carnaval. Leveza para enfrentar a dureza de um tempo sem igual, mas eu estou aqui - feito versos do poeta morrendo; a puta ardendo de querer; e prazer de uma escrita bendita num desenho do mal interno de mim.
Eu tenho sede. Tenho falta. Tenho ânsia, tenho fastio. Tenho asia de gente.Tenho febre. Tenho dente. Quero morder. Quero viver apesar deste mal. Desenho que ninguém vê mas crê como um sinal amaldiçoado em mim. Sinal sagrado. Fúria tridimensional. Escapulidas da sala. excesso de trabalho sem dinheiro. Eu sem ter. O telefone sem respostas. O dia no sol que traz chuva. A música do dizer. Nada traz. Tudo resiste a ficar ali. Corpos separados. A mágoa afirmando a separação.
Os versos de quem morre. Sem testamento. Um corpo iludido. Uma alma à procura. E escritos bailando sobre a cama. Lugar sem pertencer. Rastros do estrangeiro. Abandono. Calor. Vespeiro. Tudo dito contra si. Vazio imenso. Um acorde ao vento para devastar a cruel lembrança de um amor que não veio. E no peso disso: fé.
A divindade é assim.
Desenho o indizível que todos sabem e o mal mora dentro de mim. Tenho perguntas sem respostas e repito; repito muito. Repito mesmo. Eu quero como quis outrora e ao avesso. As flores do jardim na casa do vizinho morreram todas. Mas o que eu quero, quero pra mim com a dor da morte e os desalinhos da vida. Pra mim. Defronte e dentro. Sangue e perfume. Tempero. Temperamento e taras. Quero sim. Roupa íntima branca molhada. Um pouco de Carnaval. Leveza para enfrentar a dureza de um tempo sem igual, mas eu estou aqui - feito versos do poeta morrendo; a puta ardendo de querer; e prazer de uma escrita bendita num desenho do mal interno de mim.
Eu tenho sede. Tenho falta. Tenho ânsia, tenho fastio. Tenho asia de gente.Tenho febre. Tenho dente. Quero morder. Quero viver apesar deste mal. Desenho que ninguém vê mas crê como um sinal amaldiçoado em mim. Sinal sagrado. Fúria tridimensional. Escapulidas da sala. excesso de trabalho sem dinheiro. Eu sem ter. O telefone sem respostas. O dia no sol que traz chuva. A música do dizer. Nada traz. Tudo resiste a ficar ali. Corpos separados. A mágoa afirmando a separação.
Os versos de quem morre. Sem testamento. Um corpo iludido. Uma alma à procura. E escritos bailando sobre a cama. Lugar sem pertencer. Rastros do estrangeiro. Abandono. Calor. Vespeiro. Tudo dito contra si. Vazio imenso. Um acorde ao vento para devastar a cruel lembrança de um amor que não veio. E no peso disso: fé.
A divindade é assim.
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