Georges Gachot é um cineasta belga que se apaixonou pelo melhor da MPB; primeiro foi Maria Bethânia, entre o Rio, Salvador e Santo Amaro. Agora é Nana no seu Rio de Janeiro.
Rio Sonata é o canto inclassificável desta mulher, filha do nosso patriarca Caymmi, que com 70 anos de idade, é uma das maiores cantoras do mundo na contemporaneidade. O filme desenha isso: a força do canto mais que lindo e preciso de Nana Caymmi. Não prestei atenção na narrativa, nem no reconhecido talento de Gachot de captar belas imagens, e de contrastar a grandeza da nossa música e a pobreza do nosso povo; não, eu vi e ouvi o canto de Nana. Dilacerando a mim e plateia, consolidando a sua auto-consciência de enorme cantora: " adoro me ouvir cantando". Vi o documentário duas vezes e,em casa, não paro de ouvi-la cantar Saudade de Amar, uma de suas canções favoritas, na voz dela uma das minhas também.
Eu quero Nana cantando, gravando discos,fazendo shows, até aqui em Salvador,cidade que, de verdade, ela odeia.
Mas eu a amo e nesses dias de outono então... Ouvi-la é um estado de paixão contínua e eu adoro me sentir assim, mesmo que não esteja assim. Veja Rio Sonata.
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